sábado, 27 de agosto de 2011

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Houve um hiato que por mais duradouro que parecesse ser, durou apenas duas semanas. No inicio tua ausência parecia doer tanto que eu mal podia ficar de pé. E eu andava pela cidade, de alma vendida feito um zumbi. E ninguem reparava, ninguem percebia que eu andava manca, sem um pedaço de mim, prestes a encontrar o chão. Mas eu nao podia te procurar, eu tinha de manter minha palavra, que talvez fosse um das poucas coisas que eu ainda não abdicado por sua causa. E mantive. Meia noite batia e meu celular parecia implorar por uma ligação sua. Minha vontade era joga-lo pela janela ou pelo espelho que refletia apenas sua ausencia. Mas a vontade passava,e com ela a paz de quem parecia ter vencido uma guerra. E de fato era uma guerra: fria e absolutamente desleal. Ainda assim, sobrevivi. Como sobrevive-se a amores impossiveis, incabiveis e desacertados. Como sobrevive-se a tranformação do amor em amizade. Demorado, possivelmente dolorido, mas certamente positivo. E o resultado disso? Ando agora mais cheia de mim, mais madura, mais mulher, mais feliz e menos cheia de voce. Sua decisão pode mudar a sua vida, mas sou eu quem vou decidir por mim. E no momento tenho duvidas.

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