quarta-feira, 14 de setembro de 2011

sempre o ultimo ainda nunca.

E você me perguntou se era a última vez. Mas, último, sempre e nunca são palavras fortes demais para serem pronunciadas numa despedida (ou na tentativa de uma). Poderia ser só mais uma crise bipolar, um surto. Mas não é, acredite em mim. Dessa vez, me recolho por definitivo desse emaranhado de vidas e sentimentos que me aprisionaram nos últimos meses. Me desligo de você, estou fora da sua area de cobertura e não há mais nada a ser feito. Estou indo embora diferente dessa vez. Agora não espero mais que voce me alcance no momento em que pulo pra fora dos trilhos. Não esperro que voce grite, que apareça numa tarde nublada dizendo que tudo mudou, não espero que você apareça no meu portão pra dizer que larga tudo pra ficar comigo. Não espero mais merda nenhuma. Quero só ir, sem olhar pra trás, sem ficar agarrada em um 'Se' ou presa por um 'quando'. Quero ir completa, mesmo machucada. O que não posso é ficar, ficar vivendo de migalha, vivendo de espera, o que não posso é ficar sem viver direito. Ainda não.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Fica.

Não devia anoitecer em tardes como aquelas. E eu olhava pro céu, como quem pedia a eternidade. Depois eu olhava para as flores daquela arvore, lilás lilás, e via cair, e via o tempo engolir a vida, eu e voce. E me via sem voce, e te olhava mais uma vez pra adiar esse pensamento. E encostava a tua pele na minha e me sentia parte de voce, e beijava tua boca de quem mente, e me entreguei ali, e me perdi de mim mesma. Onde eu estou? Cadê as minhas verdades incontestaveis, minha teimosia, meu orgulho? Cadê voce em mim? Talvez nao seja amor, talvez seja apenas algo muito parecido com isso, uma réplica, um quase amor. Talvez seja amizade, vontade, carencia, talvez seja tudo isso junto. Ou quem sabe nao seja nada disso. Alias, eu nem quero saber o que é, só quero continuar deitada sobre o teu peito, sentir voce vivo. Só quero olhar nos teus olhos, e acreditar, pela ultima vez, que são os olhos certos pra mim. Acreditar meio em vão, acreditar sendo sua, acreditar que voce vai ficar quando a alma falar mais alto que o corpo. Então fica. Fica mais uma, mais duas, mais mil vezes. Não me parta no meio só porque voce está dividido em dois. Me junte, me cole, me quebre, me mate de amor, de dor nao... de dor não. Fica?